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Acompanhe a entrevista com o ex-combatente Juventino da Silva

  • Published: Friday, 10 May 2019 19:49
  • Last Updated: Monday, 14 September 2020 19:52
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Ele foi soldado do Regimento Sampaio, teve a baixa suspensa e nos idos da década de 1940, foi convocado a integrar a tropa que após um ano de adestramento seguiria para a Itália, lutar pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial. Com 96 anos, tenente Juventino da Silva é história viva do legado febiano para o Brasil. No mês em que se comemora o Dia Nacional do Ex-Combatente e o Dia da Vitória que marca 74 anos do fim do conflito mundial, acompanhe abaixo a entrevista com um dos heróis vivos do Exército de Caxias.

1. Durante o adestramento ainda no Brasil, o que o senhor destaca na tropa naquela época?

Uma incerteza muito grande, porque não sabíamos o que iria acontecer com o nosso país. Quando o Brasil declarou a guerra o meu Regimento (Sampaio) eu era soldado de metralhadora. Na minha Companhia tinham três tipos: metralhadora, morteiro e os fuzileiros. A minha arma atirava por cima dos fuzileiros, os morteiros atiravam a distância e os fuzileiros iam na frente.

2. O treinamento naquela época era muito rigoroso?

Era muito rigoroso. Fizemos bivaque, trincheiras, para se defender lá, pensando nos alemães que eram muito fortes. Treinamos por um ano antes de ir para guerra. E ali não tinha tiro de festim... era tiro real. Lembro que os treinamentos de tiro eram com bonecos de areia para ver se estávamos bons no dedo. Quando viram que estávamos bons nessa parte, fazíamos treinamento para correr do inimigo ou atrás dele. Depois partimos para treinamento físico que era duro. Até corrida... lembro que uma vez fomos do Regimento Sampaio até Realengo, descia pela estrada Rio-São Paulo e voltava por Marechal Hermes até o Sampaio novamente, treinando a resistência. O nosso coronel era muito bom, ele dizia assim: “Eu sou soldado igual a vocês!” O nome dele era Coronel Agnaldo Caiado de Castro.

3. Enquanto o senhor estava lutando juntamente com outros companheiros, o senhor imaginava que retornaria a terra natal?

Eu imaginava sim porque eu tinha muita confiança e muita fé. Minha mãe mandou uma carta que dizia: “Jovem, vai em frente!” (emocionado). Era isso que me dava força com meus companheiros.

4. Depois de tantas décadas, condecorações, homenagens, o senhor é a história viva da nossa FEB. Que mensagem o senhor poderia deixar para atual geração?

A mensagem que eu deixo é respeitar o direito do outro: das crianças, idosos, das mulheres. Respeitando a lei do país, a lei de Deus e ao próximo como a si mesmo já é um grande passo.

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